quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Multidão acolhe o Papa Francisco no Sri Lanka

Santo Padre chega ao país em sua sétima viagem internacional, que tem caráter pastoral e busca encorajar os católicos do Sri Lanka e rezar com eles

Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco ao lado do presidente do Sri Lanka / Foto: Reprodução CTV
Papa Francisco ao lado do presidente do Sri Lanka / Foto: Reprodução CTV
O Papa Francisco já está no Sri Lanka, sétima viagem internacional de seu pontificado. O avião papal pousou às 8h50h (hora local, 1h20 no horário de Brasília), desta terça-feira, 13, depois de 9h40 de voo.
Uma multidão de fiéis católicos recebeu o Papa. Pessoas de religiões diversas – budistas, hinduístas e muçulmanos – também deram as boas-vindas ao Sucessor de Pedro.
As ruas enfeitadas com bandeiras do Vaticano e do Sri Lanka chamam a atenção junto com a expressão em cingalês “ayobowan” e  em tâmil “wanakkam” , bem-vindo Santo Padre.
Criança entrega colar de flores para o Papa / Foto: Reprodução CTV
Criança entrega colar de flores para o Papa / Foto: Reprodução CTV
Ao descer as escadas do avião, o Papa recebeu de duas crianças 72 folhas de “Beetle”, uma espécie de folha que se mastiga com o tabaco (uma tradição de boas-vindas) e o tradicional “garland”, um colar de flores com as cores branca e amarela. Em seguida, recebeu as boas-vindas do presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, que tomou posse do governo dias atrás após a vitória nas eleições de 8 de janeiro.
Boas-vindas
Cantos e danças tradicionais acolheram o Papa, junto com um elefante, uma tradição do Sri Lanka para dar as boas-vindas e desejar boa sorte. Na sequência, as honras militares e o o coral de crianças da periferia de Colombo que cantou para Francisco dando as boas-vindas em inglês, italiano, cingalês e tâmil. No canto, pediram a bênção do Santo Padre e a paz para o país.
Festa na chegada do Papa ao aeroporto / Foto: Reprodução CTV
Festa na chegada do Papa ao aeroporto / Foto: Reprodução CTV
Em suas primeiras palavras em terras cingalesas, Francisco disse que sua visita tem um caráter, antes de tudo, pastoral, porque o Pontífice deve encorajar os católicos do Sri Lanka e rezar com eles.
O momento central da viagem será a canonização do Beato José Vaz. Mas a presença do Pontífice também é a expressão do amor e da preocupação da Igreja por todo o povo.
O Santo Padre recordou os anos da guerra civil, a necessidade de curar as feridas e a consolidação da paz. E concluiu pedindo que os dias da sua visita sejam dias de amizade, diálogo e de solidariedade.
O Sri Lanka em dados
O Santo Padre chega a um país que ainda sofre as consequências da guerra civil de 1983-2009, entre a maioria cingalesa e a minoria tâmil, e que deixou mais de 100 mil mortos. Hoje está em andamento um processo de reconciliação nacional.
O Sri Lanka, país insular do Sul da Ásia, constituído pela ilha de Ceilão e por pequenas ilhas adjacentes, situa-se no Oceano Índico e ocupa uma área de cerca 65 mil km2.
A economia baseia-se no chá, têxteis e turismo. A agricultura contribui com cerca de 1/4 do PIB; contudo, o país não produz o suficiente para as suas necessidades. São produzidos cereais, algodão, borracha e chá.
A população é de cerca 20 milhões de habitantes. A civilização do Sri Lanka remonta ao século VI a. C. Os povos mais antigos da ilha são os tâmiles e os cingaleses. Os cingaleses constituem 83% dos habitantes do país, os tâmeis representam 9% e os mouros do Sri Lanka 8%. As principais religiões são o budismo (69%), o hinduísmo (16%), o islamismo (8%) e o cristianismo (8%). O tâmul (ou tâmil) e o cingalês são as línguas nacionais, embora o cingalês seja a oficial e o inglês uma língua também bastante falada.
Programação
Francisco se dirigiu diretamente para a sede da Nunciatura Apostólica cancelando o encontro previsto na Arquidiocese de Colombo com os 20 bispos do Sri Lanka.  Os bispos tinha já se encontrado com o Papa no último mês de maio durante a visita “ad Limina” ao Vaticano.
Ainda hoje, os compromissos de Francisco o levam à residência do presidente Sirisena para uma visita de cortesia. No fim da tarde, o encontro inter-religioso no Centro de Congressos Bandaranaike, primeiro-ministro do país entre 1956 e 1957. O Centro foi uma doação da República Popular da China. Presentes vários expoentes religiosos do país com cerca mil representantes de suas comunidades, budistas, hinduístas, muçulmana e algumas confissões cristãs.
O Papa retorna depois à sede da Nunciatura Apostólica onde passa a noite.

Fonte: Canção Nova

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