sexta-feira, 18 de março de 2016

Esperança é virtude humilde e forte, diz Papa em homilia

Papa volta a destacar importância da esperança cristã, sustento principalmente nas horas difíceis


Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa em homilia na Casa Santa Marta / Foto: Reprodução CTV
Papa em homilia na Casa Santa Marta / Foto: Reprodução CTV
A esperança cristã é uma virtude humilde e forte que nos sustenta e não nos deixa afogar nas muitas dificuldades da vida”, foi o que disse o Papa Francisco na Missa desta quinta-feira, 17, na Casa Santa Marta.
O pontífice reiterou que a esperança nunca desilude. É fonte de alegria e dá paz ao coração.
Jesus fala com os doutores da lei e afirma que Abraão “exultou na esperança” de ver o seu dia. O Papa Francisco se inspirou na passagem do Evangelho do dia para sublinhar que a esperança é fundamental na vida do cristão. “Abraão teve as suas tentações no caminho da esperança, mas acreditou, obedeceu ao Senhor e se colocou a caminho rumo à terra prometida”, disse o pontífice.

A esperança nos dá alegria

Hoje, a Igreja nos fala da alegria da esperança. Na primeira oração da Missa, pedimos a graça de Deus para que proteja a esperança da Igreja a fim de que não falhe. Paulo, falando de nosso Pai Abraão, nos diz: ‘Esperando contra toda esperança’. Quando não há esperança humana, há aquela virtude que nos leva adiante, humilde e simples, e nos dá uma alegria, às vezes uma grande alegria, às vezes somente a paz, mas a segurança de que aquela esperança não desilude. A esperança não desilude”.
Francisco explicou que essa alegria de Abraão, esta esperança cresce na história. Às vezes se esconde, às vezes se manifesta abertamente. O Papa citou o exemplo de Isabel grávida que exulta de alegria quando foi visitada pela sua prima Maria. “É a alegria da presença de Deus que caminha com o seu povo. E quando existe alegria, existe paz. Esta é a virtude da esperança: da alegria à paz. Esta esperança nunca desilude, nem mesmo nos momentos da escravidão, quando o Povo de Deus estava em terra estrangeira.”

A esperança nos sustenta

Este fio de esperança começa com Abraão, lembrou o Papa, Deus que fala a Abraão e termina com Jesus. Francisco se deteve sobre as características desta esperança. Se, de fato, se pode dizer ter fé e caridade, é mais difícil responder sobre a esperança.
Isto tantas vezes podemos facilmente dizer, mas quando perguntamos: ‘Você tem esperança? Você tem a alegria da esperança? ‘Mas, Padre, eu não entendo, explica-me’. A esperança, esta virtude humilde, a virtude que escorre por baixo da água da vida, mas que nos sustenta para não se afogar nas muitas dificuldades, para não perder o desejo de encontrar Deus, de encontrar aquele rosto maravilhoso que todos nós vamos ver um dia: a esperança.”

A esperança não desilude

Hoje, disse o Papa, vai ser um bom dia para pensar sobre isso: o mesmo Deus, que chamou Abraão e o fez sair da sua terra, sem saber para onde estava indo, é o mesmo Deus que vai à cruz, para realizar a promessa que fez.
É o mesmo Deus que na plenitude dos tempos faz com que a promessa se torne uma realidade para todos nós. E o que une aquele primeiro momento a este último momento é o fio de esperança; e o que une minha vida cristã à nossa vida cristã, de um momento para outro, para ir sempre avante – pecadores, mas avante – é a esperança; e o que nos dá a paz em tempos difíceis, nos momentos mais sombrios da vida é a esperança. A esperança não desilude, está sempre ali: silenciosa, humilde, mas forte”.

Fonte: Canção Nova

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