quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Na Catequese, Papa Francisco explica o que alimenta a esperança


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Francisco afirmou que a morada natural da esperança é um corpo solidário

Da redação, com Rádio Vaticano

A esperança é fonte de conforto recíproco: este foi o tema da Catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 8, na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Prosseguindo com a leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (cf. 5,4-11), o Pontífice destacou que a esperança cristã não tem somente um respiro pessoal, mas comunitário e eclesial.

“Não se aprende, sozinho, a esperar. Não é possível. A esperança, para se alimentar, precisa de um corpo, em que os vários membros se apoiam e se animam reciprocamente. Isto significa que esperamos, porque muitos irmãos e irmãs nos ensinaram a esperar e mantiveram viva a nossa esperança. Dentre eles se destacam os pequenos, os pobres, os simples e os marginalizados. Não conhece a esperança quem se fecha no próprio bem-estar. Espera somente em seu bem-estar e isso não é esperança. É segurança relativa”, disse Francisco.

Corpo solidário

O Santo Padre afirmou ainda que quem espera são aqueles que experimentam a cada dia a provação, a precariedade e o próprio limite.

“Esses nossos irmãos nos dão o testemunho mais bonito, mais forte, porque permanecem firmes na confiança em Deus, sabendo que além da tristeza, da opressão e da inevitabilidade da morte, a última palavra será a sua, uma palavra de misericórdia, vida e paz”, sublinhou ainda o Santo Padre.

Segundo o Papa, “a morada natural da esperança é um corpo solidário. No caso da esperança cristã, este corpo é a Igreja”.

“Os primeiros a serem chamados a alimentar a esperança são aqueles aos quais foram confiados o cuidado e a orientação pastoral; e não por serem melhores do que os outros, mas em virtude do ministério divino, que supera as suas próprias forças. Por isso eles têm tanta necessidade de respeito, de compreensão e do apoio benevolente de todos.”

Consolo

Francisco sublinhou que “o Apóstolo Paulo pede a nossa atenção aos irmãos e irmãs cuja esperança corre maior risco de cair no desespero”:

“Refere-se aos desanimados, os frágeis, os oprimidos pelo peso da vida e das próprias culpas que estão sem forças para se levantar. Nestes casos, a proximidade solidária e o calor da Igreja deve fazer-se ainda mais intenso e amoroso, sob as formas de compaixão, que não é ter piedade, mas sofrer com o outro, aproximar-se de quem sofre, conforto e consolo.”

Como escreve Paulo aos Romanos, «nós, os fortes, temos o dever de carregar as fraquezas dos que são frágeis e não procurar aquilo que nos agrada». “Este dever não está circunscrito aos membros da comunidade eclesial, mas estende-se a todo o contexto civil e social como apelo a não criar muros mas pontes, a não pagar o mal com o mal mas vencer o mal com o bem, a ofensa com o perdão, a viver em paz com todos. O cristão nunca deve dizer: Você vai me pagar! Este não é um gesto cristão! A ofensa é vencida com o perdão.”

Espírito Santo

“Esta é a Igreja e isto é o que realiza a esperança cristã, quando assume os traços fortes e, ao mesmo tempo, tenros do amor. O amor é forte e tenro. É belo! O sopro vital, a alma desta esperança é o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo não há esperança. Ele é quem molda as nossas comunidades, num Pentecostes perene, como sinais vivos de esperança para a família humana”.

No final da audiência, o Papa Francisco recordou que nesta terça-feira, 7, foi beatificado em Osaka, no Japão, Justo Takayama Ukon, leigo japonês martirizado, em Manila, em 1615. “Ao invés de negar sua fé, renunciou a honrarias e privilégios, aceitando a humilhação e o exílio. Permaneceu fiel a Cristo e ao Evangelho. Por isso, é um grande exemplo de fortaleza na fé e dedicação na caridade”.

O Papa lembrou que no próximo sábado, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, se realizará o 25º Dia Mundial do Enfermo. A celebração principal se realizará em Lourdes e será presidida pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.

Francisco convidou a rezar, por intercessão da Santa Mãe de Deus, pelos doentes, especialmente os mais graves e sozinhos, e também por todos aqueles que cuidam deles. 

Fonte: Canção Nova

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